Professor de Inglês Nativo: saiba quando procurar

Muita gente que começa a estudar inglês pensa que um professor nativo é necessariamente melhor que um um professor brasileiro. A lógica é mais ou menos a mesma seguida por muitos músicos de primeira viagem: uma guitarra importada é melhor que um violão acústico nacional, certo? Bem, tanto para o caso da guitarra quanto do professor, a resposta é a mesma: depende do seu nível inicial e do que você pretende fazer com esse conhecimento.

 

Vamos aos prós e contras de escolher um professor de inglês nativo. Os prós são que o inglês do professor já vem livre de sotaque e ele tem pleno domínio de todas as expressões idiomáticas, gírias e referências culturais como música, televisão, datas comemorativas, etc. Com sorte, pode inclusive se tratar de um professor que conhece muito de gramática e aquisição de linguagem, talvez mesmo sobre literatura e outras artes. Um professor assim é um prato cheio para quem vai viajar ou se mudar ao país dele. E se o aluno já consegue se virar bem no idioma, vai chegar ao país novo com o sotaque, as expressões, a cultura, a geografia, tudo pronto para aventurar-se em inglês fluente.

 

Entretanto, um professor de inglês nativo não teve de aprender o inglês da forma como o aluno está aprendendo. Quando um aluno brasileiro não sabe inglês e quer aprender sem sair do país, ele precisa iniciar um processo que leva à independência do português. Este aluno não é como um bebê estadunidense que adquire ao longo dos primeiros anos todos os caminhos neurais que vão conectar o seu raciocínio ao idioma-alvo. Já adulto, ele precisa compreender como não depender do português para pensar (organizar ideias em frases) – um trabalho que envolve paciência, muitas noções de gramática e, claro, uma mão amiga e experiente para guiá-lo através de um caminho que não precisa ser tão penoso ou tão desafiador quanto muitos imaginam.

 

Para resumir, um bom professor de inglês nativo oferece confiança na fala e muitas minúcias linguísticas a quem aprende o inglês. É mais útil para quem já sabe inglês, para quem viaja bastante e para quem sabe exatamente o que quer no idioma (há quem queira falar inglês para fazer compras e só; outros querem somente conversar com o chefe gringo sobre relatórios e balanços comerciais). E um bom professor brasileiro de inglês oferece ótimos insights sobre como fazer a ponte entre o português e o inglês, sabe quais são as melhores ferramentas e estimula o aluno a falar aos poucos, desde o início e “de baixo para cima”, ou seja, falando antes sobre sua rotina, seus amigos, sua casa e seus objetos cotidianos, deixando assuntos complexos e abstratos para depois.

 

Existe um motivo para aprendizes de guitarra geralmente comprarem um violão antes de tentarem sacar as distorções mais alucinantes de uma Gibson como a do Jimmy Page. E esse motivo é a necessidade de habituar-se a uma linguagem nova, com padrões próprios. Para improvisar livremente e distorcer as notas, é necessário saber extrair o som fundamental de cada nota no instrumento novo. E para falar inglês é preciso saber que o verbo TER tem usos extremamente diversos do verbo TO HAVE, mesmo que um seja a tradução literal do outro. TER e HAVE estão em instrumentos diferentes, mesmo que ambos façam música. O ideal para quem está começando é que o professor seja virtuoso nos dois.

 

Isso tudo não quer dizer que um professor de inglês nativo não possa explicar o be-a-bá do inglês e nem que um professor brasileiro de não possa discutir as sutilezas de polidez, distância, pronúncia adequada e outros detalhes da socialização em inglês em diversos níveis de formalidade, de diversos países diferentes em que o idioma é falado. As generalizações discutidas acima servem para guiar, mas não são regras. Se há alguma regra nisso tudo, é esta: tem que “rolar uma química”. Uma dica para quem tem pressa e pouco tempo são as consultorias de idioma, empresas especializadas em fornecer o material didático e humano que mais se adeque a cada aluno. Apesar de mais cara, é uma alternativa muito bem-vinda às conhecidas franquias de escolas de inglês, onde todos tem o mesmo violão para tocar samba, rock, funk, clássico ou jazz.

 

Eric Bortolato é jornalista, consultor de inglês e coordenador do curso de português para estrangeiros do Instituto Mindset, em São Paulo-SP.

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